É um problema de hermenêutica o
dos dedos no teclado e das
fronteiras
o linguajar do par de
jarras em ti
pousado como múmias videntes
mesmo se com o sotaque luminoso
de enrolar rebuçados
que ainda ouço
era um problema de geografia a
confusão entre estar aqui
ou aí
vim por isso para dentro
recebo a corrente de ar
mas sei que sou estes ossos
e mais adulta me inteiro livre
mesmo se nos meus gestos todos
(que procuro elegantes no arejar completo)
gosto tanto de ti
podíamos casar numa casinha
ter uns filhos e uns livros e
uns mundos
e a minha mão estaria toda
alerta
da presença dos teus dedos
e de crescermos ancorados num
ventinho fresco
junto a uma porta junto ao mar junto a uma cidade
juntos cada um desenroscado e
bravo
maior